Aí vou eu tirar as teias de aranha e o mofo do blog após semanas sem postar decentemente com um stuff. Ultimamente não estou vendo muito valor em postar as coisas que eu postava quando criei o blog; de vez em quando colocarei alguma coisa, mas será mais esporádico; vejo que o mais útil para o leitor, mesmo que ele só leia as coisas daqui uma vez na vida e outra na morte, é colocar esses stuffs que vem na minha cabeça de vez em quando e que tentam mostrar um pouco dos absurdos que tratamos como normais, o quão medíocres são algumas das atitudes que tomamos e algum conselho pra escapar à essa mediocridade; não que eu seja o dono da verdade, muito pelo contrário, sinto-me ainda imerso nessa massa que não sabe ao certo o que fazer além de ter "um dia super, uma noite super, uma vida superficial".muitas coisas estão nas entrelinhas.
Vamos lá então!
Estava eu aqui pensando..antigamente as crianças pensavam em somente brincar e serem felizes, quando muito pediam, tratava-se de um doce, uma boneca de pano ou uma bola; elas se contentavam com a simplicidade. Hoje, muitas aspiram a montanhas de brinquedos, jogos; agem como se sua felicidade dependesse disso.Quando os tem, facilmente acham outra coisa para suplicar sob pena de birra.
Devem os leitores estar pensando "onde esse cara quer chegar com isso?!"; pois bem, as crianças de hoje em dia, contraem cedo a triste "doença" dos adultos: a insatisfação crônica. Nunca estar satisfeito, sempre querer mais, apesar de estar bem, não é o bastante, nunca é e nunca será; assim vivemos e morremos insatisfeitos.
So, what can we do?! Esse parece ser um ciclo vicioso do qual ninguém escapa..mas não é aí que eu quero chegar, mas sim à conclusão de que, aquele que não está satisfeito com sua vida, não tem tudo o que deseja, seja esse desejo concreto ou abstrato. Se lhe falta algo, é impossível que seja plenamente feliz; e já que grande parte da humanidade está "nessa", vivemos em um mundo infeliz, um mundo de gente que se engana achando que ao conquistar certa coisa ou pessoa, será feliz para o resto da vida.
Alguns leitores podem parar de ler por aqui por achar que são um retrato da felicidade ou que sou um viajão que só fala abobrinha, mas continuem...acho que valerá a pena ^^
Grande parte da culpa pela referida infelicidade generalizada é do modo de vida ocidental da atualidade, o qual bombardeia à criançada com consumismo e aos jovens com uma série de prazeres mundanos para que este "robô" trabalhe o resto da vida para sustentá-los sem parar para pensar que um dia eles acabarão. Apesar de parecer que este dia não chegará nunca, ele chega; e com ele a desilusão de que durante toda a vida, o sujeito se baseou em trabalhar pensando na folga, fazer alguma coisa para um dia não fazer nada, uma pena. Pecamos por pensar somente a curto prazo, se pensássemos a longo a história seria outra. Na linguagem do curto prazo, felicidade=prazer e quanto mais afunda-se neste, maior a chance da infelicidade ser irreversível, e eu explico.
Usar algo até enjoar e depois jogar fora ou trocar por outro é algo típico da natureza humana. Para ilustrar isso usarei o exemplo de um carinha da 7ª série que acaba de dar o seu primeiro beijo; ele está "bobo" que só vendo, não cabe em si de suposta felicidade, anda rindo pelos cantos sem motivo. Agora esse mesmo carinha acaba de dar o seu décimo beijo; foi bom?foi bom, claro, mas a diferença entre a força do sentimento no primeiro e no décimo é abismal. Por que isso acontece?se os dois provocaram a mesma sensação[o primeiro provavelmente foi até pior xD] muitos diriam "áá, porque o primeiro foi o primeiro ué!" no entanto é aí que está o problema, e eu explico².^^
Para uma pessoa normal da massa esses acontecimentos ocorrem de igual maneira, com pequenas variações, para o sexo, o namoro e hoje em dia até o casamento.[não com décimo é claro hehe] Desse modo as relações afetivas perdem a graça, se destemperam, se banalizam e fazem com que, para os que passaram por todo esse ciclo, a felicidade plena e duradoura seja uma espécie de lenda, uma história que contaram por aí.
Mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo, pergunto eu: Será que a história não seria outra se o carinha da 7ª série tivesse feito todas as descobertas interiores e exteriores, concretas e abstratas com a mesma gatinha da qual ele roubou o 1º beijo???isso garantiria alguns anos de descobertas inéditas, o que ultrapassaria o que, dizem os cientistas, uma simples paixão sobrevive. Aí então, uma oportunidade de um verdadeiro amor florescer[ooOOÓÓ] e uma ínfima chance da real felicidade dita por alguns extinta dar as caras.
Apresento-vos senhores, uma das explicações plausíveis para os sábios costumes da antiguidade e o difamado casamento arranjado, o qual só não dá certo quando junto a influências ocidentais[vide novela O Clone e novela Caminho das Índias(não que eu seja noveleiro;D)].
Segundo essa linha, a liberdade dos tempos modernos só deu a oportunidade aos jovens de cometer inúmeras burradas durante a vida por seu livre arbítrio e só perceber isso quando a ****** já tá feita e não se pode voltar atrás, ou seja, quando o meio[sociedade] não coordena mais a vida do homem, vai chegar o tempo em que esse homem que não teve a vida coordenada controlará o meio que antes o tentava controlar e escolherá por não controlar a nova geração; no final nenhum controle restará e, pelo menos nesse aspecto da sociedade, sobrará somente a anarquia[leia 3 vezes para entender ;)]
Em minha humilde opinião a liberdade é um pesado fardo para aqueles os quais não sabem como usá-la. Muitas pessoas seriam mais felizes se seguissem os desígnios daqueles que tem mais experiência e sabedoria; mas como nem Deus mexe com o livre arbítrio, quem sou eu para fazê-lo.
Para fechar, não sou contra nem a favor ao casamento arranjado ou algo do gênero, como na física clássica, isso depende do referencial. Na física quântica é diferente.
Espero não ter gasto o tempo de ninguém à toa.. até mais!
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"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."
Mahatma Gandhi
sábado, 10 de abril de 2010
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