Long time no see
Esse último ano foi francamente inacreditável
Comecei a pensar porque ele foi assim
Y como si fuera una historia de Marvel
Some ideas at the moment begin
Espero que esse post acrescente algo à vida de quem quer que esteja lendo
Você já deve ter ouvido falar dos TED Talks, vídeos que se multiplicam a cada dia, vídeos nos quais quem fala possui alguns minutos para dar o seu recado, deixar o seu legado. Pois bem, acabei de assistir um desses.
No final ela acaba aplaudida de pé..Jane McGonigal..talvez valha a pena dar uma olhada.
Voltando à ideia do post, Jane relata no vídeo que após superar a concussão, experimentou o que os médicos chamam de "crescimento pós-traumático". Já ouvimos falar quem sabe no "stress pós-traumático", mas o crescimento é igualmente uma possibilidade, seria o que nós chamaríamos de "aprender com a vida".
É como um saiajin que fica mais forte do que antes após recuperar-se.
Após essas nerdices, onde quero chegar? Bem, diria que nesse ano tive três situações em que perdi, em que considero que falhei.
Em uma delas participava de uma competição e pude reparar que os vencedores usualmente comemoram sem pensar nos deslizes cometidos ou ponderar sobre melhorias - e é natural que seja assim. Contraditoriamente, pude ver que as "derrotas" - cada uma em seu contexto - ensinaram-me mais do que a vitória teria feito.
No final é bem possível que eu tenha ficado no lucro. Não sou Harvey Specter ou o Pernalonga para vencer sempre, mas tive também vitórias.
Em suma, as derrotas são o que referi no post anterior como um "chute", uma dose cavalar dada de uma vez e capaz curar deficiências profundas.
Acredito que caso tenhamos um propósito na vida, 99,9..% das derrotas não nos frustrarão completamente, mas nos instigarão a imaginar novas alternativas (como me disse um amigo ontem) e vencer
.
* * *
O escritor Stephen King terminou recentemente sua obra "A torre negra" em sete livros. Começou a escrevê-la nos anos 80. Por vezes se perguntou se iria conseguir concluí-la. Chegou lá.
Na parte em que estou, o pistoleiro Roland Deschain - protagonista - está buscando a torre negra. Passa por jornadas árduas, situações extremas, desumanas; seu propósito de chegar à torre, no entanto, é inabalável e o guia acima de tudo.
O interessante é que após centenas de páginas lidas, não sei praticamente nada sobre a tal da torre, após ter lido centenas de páginas não sei ao certo o que ela é, para que serve e o que as personagens farão/poderão fazer ao chegar lá.O autor não disse
Embora quase nada tenha sido dito e isso seja essencial para entender a história, eu e milhares de leitores ao redor do mundo continuamos lendo aquele negócio. Pelo propósito.
King não disse que diabos é a torre, mas convenceu que ela é importante - muito importante. A ponto de tudo poder ser feito para que se chegue a ela.
No prólogo do terceiro livro, o autor relata que a torre pode ser algo abstrato, que aquela série era a torre negra dele, mas e quanto à sua, qual é a sua torre negra?
A obra foi inspirada no poema de Robert Browning "Childe Roland à torre negra chegou". O poema não é muito longo e também não diz exatamente que raios é a torre, mas o poema traz a força do propósito de alcançar um objetivo, creio que daí surgiu a inspiração.
* * *
Para fechar essa viagem e conectar alguns pontos, diria que nessa minha curta vida, na minha muita ignorância (como diz um outro amigo) começo a ver que frequentemente as coisas não são o que parecem e que mesmo uma derrota pode ser uma vitória, se contribuir para a realização de um propósito.
Que um dia alcancemos a nossa torre negra.
Hasta la vista
Nenhum comentário:
Postar um comentário