
Minha posição no geral não se modificou, diria que se flexibilizou; percebi, depois de pensar um pouco sobre isso nos últimos dias, que embora não haja obrigatoriedade em ir à missa para encontrar Deus, esta facilita a concentração em um objetivo, a introspecção.
Como escrevi no post "E se for verdade?", pode existir uma espécie de frequência diferente quando muitas pessoas se reúnem em prol de um mesmo objetivo; há grande diferença, por exemplo, em ficar no fundo da igreja (onde há menos gente e onde as pessoas que vão com intenção de sair o quanto antes geralmente ficam) e perto do celebrante (padre, pastor, rabino, monge, etc), lugar onde ficam as pessoas que realmente querem estar ali, pessoas que põe força na oração e assim concentram-se mais e melhor, aqueles que de fato creem na eficácia daquilo que professam tendem a ir para a frente.

Esta breve explicação mostra porque tendemos a repetir coisas que já tenhamos feito, emoções que já tenhamos tido. (cada ação nossa gera uma emoção e ativa o respectivo hormônio)
Para conectar essa história dos hormônios com a história da missa, vou fazer uso de um raciocínio já exposto aqui em posts passados, imaginem por que precisamos de disciplinas e universidades para aprender; é porque, apesar de existirem livros os quais explicam a matéria minuciosamente, a maioria de nós não tem disciplina para estudá-los metodicamente e precisamos, portanto, de algo ou alguém que nos leve a ter disciplina. Com o tempo, depois de estudar muito a coisa, aprendemos; ou seja, depois da repetição o negócio se consolida.
Pois então, na história da missa, ao contrair o hábito e transformá-lo em costume, conquistamos a disciplina de orar e conceber as demais prerrogativas da religião seguida. Naquela hora, de tanto em tanto tempo, nos voltaremos ao numinoso. (bom termo para uma pesquisa rápida)
Podemos contrair essa disciplina sozinhos, mas no que genericamente defini como "a missa" o processo ocorreria mais fácil, ao ver isso, flexibilizei minha opinião inicial e radical, o que de quebra é mais um dado para minha estatística interna a qual mostra o radicalismo como quase sempre errado.
Para fechar no tema central do post, uso uma comparação até que esdrúxula; é como jogar bola; se você joga sozinho, tem chances de ser um craque, todavia é mais difícil. Se joga junto com um time, o processo além de ficar, para muitos, mais agradável, melhora a prática. Isso não se aplica somente a alguns exemplos mas a tudo o que se faz. Quer otimizar-se em algo? Procure seu time!
That's all folks!