terça-feira, 5 de abril de 2011

Por que ir à missa?

    Após um tempo sem tempo para postar, cá estou novamente! (não que o tempo tenha aumentado, sim que a preguiça por ora perdeu um pouco de seu território)(:

    Sempre critiquei, inclusive em alguns posts anteriores que fiz, o fato da religião aliar a salvação ao fato de ir à missa. Defendia eu que a pessoa não necessita respirar o ar da igreja para encontrar a Deus, algo para mim um tanto óbvio.
    Minha posição no geral não se modificou, diria que se flexibilizou; percebi, depois de pensar um pouco sobre isso nos últimos dias, que embora não haja obrigatoriedade em ir à missa para encontrar Deus, esta facilita a concentração em um objetivo, a introspecção.

    Como escrevi no post "E se for verdade?", pode existir uma espécie de frequência diferente quando muitas pessoas se reúnem em prol de um mesmo objetivo; há grande diferença, por exemplo, em ficar no fundo da igreja (onde há menos gente e onde as pessoas que vão com intenção de sair o quanto antes geralmente ficam) e perto do celebrante (padre, pastor, rabino, monge, etc), lugar onde ficam as pessoas que realmente querem estar ali, pessoas que põe força na oração e assim concentram-se mais e melhor, aqueles que de fato creem na eficácia daquilo que professam tendem a ir para a frente.

    É de comum acordo entre os especialistas que quando se faz uma coisa, ela tende a ser repetida. Nossas glândulas liberam diferentes hormônios para diferentes emoções, as células têm receptores para esses hormônios, quando liberamos muito um hormônio, saturamos esses receptores e a célula "gera" novos. Ao se reproduzir essa célula perpetua-se em duas já com mais receptores para tal emoção. Com mais receptores, mais hormônio é necessário para gerar a mesma emoção; como com uma droga, ficamos viciados no referido hormônio, na referida emoção. (pode ser visto no longa "Quem somos nós?", versão em inglês "What the bleep do we know?")
    Esta breve explicação mostra porque tendemos a repetir coisas que já tenhamos feito, emoções que já tenhamos tido. (cada ação nossa gera uma emoção e ativa o respectivo hormônio)

    Para conectar essa história dos hormônios com a história da missa, vou fazer uso de um raciocínio já exposto aqui em posts passados, imaginem por que precisamos de disciplinas e universidades para aprender; é porque, apesar de existirem livros os quais explicam a matéria minuciosamente, a maioria de nós não tem disciplina para estudá-los metodicamente e precisamos, portanto, de algo ou alguém que nos leve a ter disciplina. Com o tempo, depois de estudar muito a coisa, aprendemos; ou seja, depois da repetição o negócio se consolida.
    Pois então, na história da missa, ao contrair o hábito e transformá-lo em costume, conquistamos a disciplina de orar e conceber as demais prerrogativas da religião seguida. Naquela hora, de tanto em tanto tempo, nos voltaremos ao numinoso. (bom termo para uma pesquisa rápida)
    Podemos contrair essa disciplina sozinhos, mas no que genericamente defini como "a missa" o processo ocorreria mais fácil, ao ver isso, flexibilizei minha opinião inicial e radical, o que de quebra é mais um dado para minha estatística interna a qual mostra o radicalismo como quase sempre errado.

    Para fechar no tema central do post, uso uma comparação até que esdrúxula; é como jogar bola; se você joga sozinho, tem chances de ser um craque, todavia é mais difícil. Se joga junto com um time, o processo além de ficar, para muitos, mais agradável, melhora a prática. Isso não se aplica somente a alguns exemplos mas a tudo o que se faz. Quer otimizar-se em algo? Procure seu time!

That's all folks!
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