segunda-feira, 16 de maio de 2011

Estamos presos?

    Estava vendo o filme "Nosso Lar" esses dias e depois cheguei a algumas conclusões. Imaginem que aquilo esteja certo, que encarnamos aqui na terra, vivemos, morremos e encarnamos de novo.
    No filme havia um purgatório para as pessoas que se degeneraram e "Nosso Lar" para aqueles "do bem", pessoas aptas a serem mais "de luz" do que as que pagam seus karmas no purgatório; contudo não quero entrar no mérito disso, uma vez que suscita credos diferentes e específicos os quais não serviriam aos objetivos que tenho com esse post.

    Quero me fixar na história da reencarnação; este post pode até ser um repeteco de algum outro feito no passado, pois me recordo já ter escrito acerca disso aqui no blog. Todavia, como ninguém banha-se duas vezes no mesmo rio estou aqui para versar acerca do assunto com um pouco mais de experiência de vida, de pensamento, filosofia (viagens xD).
    Não que minha experiência seja considerável, mas tento aprender com o que me vem pela frente e escutar os bons conselhos dos outros, isso já me livrou de várias ciladas. Vamos, portanto, ao mérito da questão:

    Imagine que você morreu e reencarnou. Você, trabalhador honesto, lutou a vida inteira para comprar sua casa própria, se aposentar bem e sustentar dignamente uma família com mulher e filhos (não interpretem minha concepção como machista ou tradicionalista, estou usando um conceito conhecido no direito como "homem médio" o qual, aliás, aprendi ontem ^^). Esse homem médio morreu e reencarnou no ponto onde parou, com os mesmos objetivos e agora vive novamente.

    O que acham que ele deveria fazer de diferente para melhorar sua situação de alguma forma? Piorar sabemos que é fácil, é sempre mais fácil descer a ladeira..mas e subir, o que ele pode fazer para vir melhor na outra vida e assim sucessivamente até ter a potestade de compreender a vida, sim, pois imagine que objetivo teríamos nós senão esse; a única maneira de traçar um norte, concluí, após muito filosofar.

    Se vivermos normalmente, facilmente cairíamos na tentação demonstrada no Fausto de Goethe "de que adianta o eterno criar se a criação em nada adiantar?" Creiamos que a criação adianta de alguma coisa e busquemos compreender, mas como? como podemos alcançar alguma coisa prática, palpável?

    Uma das grandes conclusões que tive (acredito que muitos já a tiveram) está resumida neste "haicai", uma forma de poesia minimalista que busca passar grandes ideias com poucas palavras, fazer a pessoa pensar e tirar uma conclusão digna, muitas vezes, dos épicos. Aqui o primeiro haicai meu:

Flores Imortais

Findamos na morte?
Dizem haver outra vida...
Tempo não existe.

    Vejam que coisa interessante (como diz um Profº meu de voz engraçada) Chico Buarque estava certo "a vida é uma grande ilusão", se a reencarnação estiver correta, simplesmente não há morte, há sim almas de força e virtudes questionáveis as quais persistem nos mesmos erros vida a vida e não conseguem libertar-se desse círculo vicioso chamado por doutrinas orientais de "a roda de samsara"
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