segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Argocrítica II

A crítica de hoje vai ao tão sucateado, mas supostamente em processo de revitalização, sistema educacional brasileiro. Fui motivado a escrever acerca dele por alguns noticiários, que, ultimamente vêm levando a conhecimno geral "casos de descaso" com o elemento mais importante da sociedade: o professor.
Muitas ocorrências de violência tanto física quanto psicológica contra nossos mestres, os responsáveis por sermos letrados e, por que não, educados. Não preciso ir muito longe, em minha própria cidade, e, infelizmente, em quase todas, há casos desse gênero:

"Professora do Instituto Estadual de Educação é agredida por aluno em Florianópolis

Aluno da 5ª série teria xingado e dado tapas na educadora"[http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2692980.xml]

Apesar do cunho sensacionalista que pareço ter dado à crítica, esse, na verdade, não é meu objetivo. O que pretendo, é, na realidade, despertar nas pessoas a percepção do quão importante é o professor, por isso colocarei aqui, um vídeo o qual muitos já devem ter visto, uma tentativa do Ministério da Educação[MEC], de valorizar o professor. Trata-se de uma investida muito criativa do ponto de vista emocional, e que consegue fazer-nos ver a realidade por outro ângulo.





Esse tipo de coisa é realmente bom, no entanto, não resolve o problema. Quando fui pesquisar por esse vídeo, li comentários do tipo "sou estudante de história, mas eu e meus amigos pretendemos fazer outro curso, pois apesar de querermos dar aula, temos medo das dificuldades da vida de um professor."
É claro, há exceções, existem escolas particulares que em nada deixam a desejar nesse quesito, além de algumas públicas, ilhas de excelência em um mar de precariedade. Ao estender-se no assunto poder-se-ia falar da indústria da seca[tive que por uma mesóclise(não sou pedante xD)] e de muitos outros empecilhos às boas qualificação e remuneração do docente.
No fundo, pode-se dizer que o professor, ao contrário de outros profissionais,

não consegue lutar a sangue frio por seus direitos, e eu explico; há o exemplo dos motoristas de ônibus ou dos funcionários do INSS, estes, quando em greve, permanecem, muitas vezes, indefinidamente, até que cumpram-se suas exigências, mesmo que, para tal, prejudiquem inúmeras pessoas.
Entretanto, quando no caso do professor, este que geralmente gosta do que faz, até mobiliza-se em greves e sindicatos, mas muitas vezes voltam ao batente quando veem seus alunos atrasando-se em seus estudos por causa da campanha salarial. Algumas greves, é verdade, superam esse paradigma, mas mesmo assim, obviamente, não podem ser vistas com bons olhos.
Por fim, posso dizer que a administração pública mantém traços de personalidade dos primeiros capitalistas selvagens, exploram o trabalho do professor, este que se estende mais das vezes por além das oito horas por dia...o fazem com a desculpa de não ter dinheiro nos cofres públicos, e assim vão vencendo o jogo do poder, no qual entre dominadores e dominados há um abismo cada vez maior.
E tenho dito ;)

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